quinta-feira, 3 de setembro de 2009

Lenine, O homem com os nervos de aço.



A arte está profundamente ligada a existência humana. Mesmo em meio a uma bagunça arrumada em que o mundo se situa atualmente, a arte boa e de boa intenção, ainda dá seus suspiros: em tempos de éguinha pocotó, bondes felinos ou de uma verdadeiro atentado as pobres coitadas frutas, agonizam nomes que refletem de forma brilhante,e em algumas vezes, perfeita o espírito do homem do século XXI, o homem independente e que decide seu próprio futuro, não como o homem medieval, que estava profundamente aprisionada a princípios da igreja.
Dentre esse nomes que lutam contra o bicho papão da indústria fonográfica no Brasil e no mundo, podemos citar Paulinho Moska, que faz verdadeiras poesias cantadas em melodias angelicais, arcanjeais, para ser mais exato. Vanessa da mata, que mesmo sendo popular, preserva uma certa ousadia que via-se nas já consagradas divas do passado, Marcelo D2, que mesmo sendo considerado Judas pelos seus companheiros do Rap, é um cara com um visão muito a frente de seu tempo, sua combinação de melodias (Samba/Rap/Black Music/R&B) faz sucesso no mundo inteiro e Lenine, esse, tem canções invejavéis, muito belas, letras muito interessantes e uma cabeça que está acima da Lua ( no bom sentido).
Lenine, um pernambucano arretado, é um cara muito inteligente, um poeta, desses que a modernidade tem feito nascer. Através de suas canções consegue passar angústia excessiva que o homem moderno tem pelo consumismo e ao mesmo tempo, suas canções de amor, traz um amor inocente e puro. Com metáforas excessivas, o ouvinte desatento, pensaria que Lenine não passa de um louco cantando coisas sem sentido, como muitos outros gênios de nossos tempos já foram chamados, mostrando mais uma vez o tamanho da qualidade desse homem com nervos de aço.
Canções como " O homem com os olhos de raio X' e " hoje eu quero sair só" mostram bem a capacidade desse nordestino cosmopolita, que junta versos pesados a melodias leves e que resulta em canções inesquecíveis e que fazem cócegas no cérebro. Lenine traz em seu repertório pitadas de repente, black soul, rap e samba, a mistura já peculiar do verdadeiro artista brasileiro, marca de sua nação. talvez esse talento para passear efetivamente em muitos ritmos o faz ser chamado pelos artistas mais diversos, de Roberto Carlos a Marcelo D2, só para você ver a liberdade do artista.
Bem, o que interessa é a tranquilidade que esse artista nos traz, nós que temos o gosto muito apurado, e que somos excessivamente exigente quanto a pureza da arte. Nos faz acreditar que a arte não está em toda perdida.

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