quinta-feira, 24 de setembro de 2009

ESPELHO

O poeta é um ser taciturno,
obscuro, boêmio, nunca se junta
em grêmios, é um ser bonachão.
Ás vezes é apático, um guerreiro das palavras.
Disfarçado, anda em multidão
de mil e uma emoção, de canções e livros
o maor, para ele, não pode ser um
tem que ser sublime, feito em vime,
em uma casa de campo, com galinhas e rochedos
ao fundo. mesmo no fim do mundo
não encontra o seu eu.
"Ah, o amor não é meu"
que o poeta mesmo, mesmo fingindo
em deveras, sente o contrário de tudo.
O lápis, o papel, o pincel, céu, mar,
tudo para ele faz lembrar
o amor alheio.
Lutar com palavras, é uma arte benvenvenida
alguns lutam, outros só se deleitam dessa guerra
remida, cheia de gozos e amantes, serem simbilantes
por vezes, criaturas infernais, prazeres virginais e um
folego insinuante. Esse velho ser de catedrais góticas
de raizes vulcanais e medos ncestrais, não é daqui.
seu rosto é marcado de vida, cada dobra ensina
que o mais importante na vida, é vê-la além do que mostra.

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