quinta-feira, 27 de agosto de 2009

O deboche de padinho

O sarcasmo é um dos pontos mais engraçados quando falamos sobre o caráter humano: para mim, é algo genial, só os bons conseguem ser sarcástico. Antes de tudo, é bom que se observe e destíngua a profunda e tênue diferença entre o sarcasmo e o deboche: o deboche é grosseiro, intolerável, é a pormenorização do outro, as vezes chega a utilizar-se da baixaria para que seu desejo seja alcançado. o deboche pode acontecer pelos mais variados modos: a vizinha que passa o dia inteiro na porta da rua, ao ver a garota que estuda e não sai de casa, debocha doa outra a chamando de santinha do pau oco, quando a vizinha está feliz; outra vez é o homem que joga fora o dia inteiro conversando com o compadre ou o vizinho mesmo, ao ver um que está na faculdade ou trabalhando, joga um deboche daqueles para desmoralizar a pessoa, perceba que o deboche tem ã função única de desmoralizar.

Já o sarcasmo não, é um outra coisa, diga-se de passagem, bem diferente do deboche: o sarcasmo é, na sua maioria de vezes, uma resposta bem dada, que soa a brincadeira, um danação, é um deboche sem o objetivo principal, é uma critica engraçada. Um dos maiores sarcástico que eu conheço é o Machado de Assis, quem lê suas crônicas, algumas vezes até ri, o texto de Machado é todo coberto com uma nuvem densa de sarcásmo, é muito interessante, genial ou todos os justos adjetivos endereçados a Machado de Assis. Bem, contudo, o que nos interessa não é escrever uma ode sobre esses dois aspectos do gênero humano, o que nos interessa mesmo é o assunto que tá fazendo o Brasil inteiro pegar fogo, ou quiçá o Mundo: Meu padinho Sarney.

É de conhecimento de todos que essa semana o congresso nacional pegou fogo com as discussões dos senadores: de respostas acaloradas como as do ex presidente Fernando Collor mandando o outro digerir não sei o quê, a cangaceiro de merda, proferido por um outro ex presidente do senado (Renan Calheiros). Bem, a última de nossos representantes foi o Cartão. Senador Suplicy ( espero que esteja certo o nome) ao discursar na tribuna do Senado Federal deu cartão Vermelho ao padinho dizendo que ele deveria renunciar ao cargo; Padinho, por sua vez, no outro dia foi também à tribuna , com o seu familiar ar de deboche e disse as seguintes palavras: "o meu cartão é branco, eu quero paz...", claro que isso é mais uma de suas lorotas, afinal de contas o deboche já é marca registrada sua e de sua filha, a sempre princesa do Maranhão, Roseana Sarney. Esta, quando posta no cargo de governadora, fez de tudo para que o povo acreditasse que ela foi eleita com justiça, até hoje tenta mais muitas pessoas, do contrário de antigamente, não acreditam.
Lembro que seu instrumento de comunicação "Jornal o estado do Maranhão" publicou de capa com letras garrafais : " Eu fui eleita com a vontade do povo" mais uma vez mostrando seu ar peculiar de deboche. Pois, qualquer um que mora no Maranhão sabe o quanto que a vontade do povo foi desrespeitada com a decisão da justiça. Por fim, quero dizer que esse texto é só para destinguir o deboche do coronel do Maranhão e a arte de Machado de Assis.

Nenhum comentário: