quarta-feira, 2 de junho de 2010

Ferreira Gullar e o prêmio Camões


Na última segunda-feira, dia 31 de Maio, a diretora do Instituto Camões de Literatura, Gabriela Canavilhas, anunciou como vencedor do Prêmio Camões de Literatura o poeta e critico de arte maranhense Ferreira Gullar. O prêmio é uma espécie de prêmio nóbel da literatura de língua portuguesa atribuído aqueles que enriqueceram a literatura lusófona com suas obras literárias.


O prêmio foi atribuído a Gullar pelo conjunto da obra, que é constituída por inúmeros ensaios de critica de arte, poemas, crônicas, literatura infanto-juvenil, além de peças de teatro, telenovelas. O maior valor, para a academia lisófona, da literatura de Gullar é o seu carater político e revelador, sem deixar de mão uma forte dose de estética e força.


Na literatura, especificamente na poesia, Ferreira Gullar tem uma vasta e já consagrada obra, constituída por Um pouco Acima do Chão, Muitas vozes, Barulhos, Poema sujo, Na Vertigem do dia, Dentro da Noitre Veloz entre outros. Tais livros são um complexo expressivo de um eu-lírico que tem tanta expressão, que uma só forma de código não lhe é suficiente. A obra de Gullar é marcada por intensas mudanças, as vezes espantosas que podem ser traduzidas como um eu-lírico desesperado para falar, mas que nunca é ouvido, um eu-lírico cheio de vida e planos bons para seu povo, mas que nunca é ouvido, e que portanto, tem que mudar seu código para sempre tentar ser compreendido.


Como todos sabem, Ferreira Gullar é maranhense, uma dessas muitas pérolas que saem daqui e fazem a literatura de nosso país ser única e cheia de vida. Sem dúvidas Ferreira Gullar merece muitos outros prêmios, dado seu valor artístico e literário que é agudo e cheio de uma vivaz e intensa força expressiva, o poeta sente a aflição de seu povo e de suas dificuldades e cresce junto com ele. Em suas próprias palavras: " Meu povoi e meu poema crescem juntos, como cresce o fruto na árvore nova"

2 comentários:

Renata Ribeiro disse...

fiquei toda orgulhosa; adoro Ferreira Gullar!

e não adianta virem me dizer q ele não é poeta maranhense, pq não vive aqui há muitos anos...

se ele vivesse aqui, será q seria reconhecido ? será q teria ganhado esse prêmio ?

duvido...

beeijos, tio Luís! ah, voltei com o meu blog ; )

Renata Ribeiro disse...

Nhaaa, tio Luís, assim eu choroo ! :)

Poxa, brigadãoo mesmoo, fico muito honrada com esse valor que vc dá a mim e às meus "versos tortos" ^^

Eu é que vou falar de você com orgulho no futuro, não só como poeta, contista, professor e pesquisador, mas como o eterno "menino do coração de ouro" ^^

abraçãoo !