segunda-feira, 22 de março de 2010

PRESO [LIVRE]

Eu, aqui em meu quarto,
Preso no mais livre cosmos universal,
E enquanto a cidade grita, pânica, por meu nome:
Meus pensamentos não saeem de você.
Se eu quisesse ser livre, não o seria,
Porque você, meu ódio, meu amor,
É como grude solto nas garras da liberdade;
É como um suor de letras que vertem de meu coração
E que caeem, secas em meu papel.
Molhadas pelos sentimentos mais absurdamente vazios.

Enquanto a cidade grita meu nome, eu sussurro o seu.
Enquanto você movimenta-se em meu imaginário,
Eu paro, movimentando-me a seu encontro.
Na porta de meu quarto, a consciência me chama
Para a dura realidade mole e (des)sentida
Fresca e calorenta dos opostos.

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