O pastor Marcos Feliciano,
deputado que faz parte da presidência do Conselho de Ética da Câmara dos
Deputados, está sendo publicamente escrachado por uma infeliz declaração.
Segundo a mídia, o Pastor Marcos Feliciano declarou no microblog twitter que os
negros são amaldiçoados por descenderem de Ismael, filho bastardo de Abraão, e
que os homossexuais são produtos de obras diabólicas nas vidas das pessoas. Por
causa dessas declarações, o pastor está sendo perseguido por grupos de defesas
dos direitos humanos, sendo taxado de preconceituoso e de racista (o que para
mim, as duas coisas significam a mesma). Os protestos vão desde ataques às
sessões presididas pelo Deputado até insultos de cunho homossexual à figura
dele nas redes sociais, em suma, o Pastor tem sido alvo de sucessivos protestos,
em seus dias de trabalho, por causa de sua infeliz declaração. Nesse contexto,
destaca-se a figura do deputado Jean Wyllys, ex bigbrother que se auto intitula
deputado dos gays. O tal Deputado tem sido um dos que mais tem ganhado
visibilidade dentro desse fato, que ganha à atenção nacional.
Quero, antes de tudo, mostrar
que não sou membro de qualquer igreja ligada ao Pastor Feliciano e nem tão
pouco o admiro como pastor; para mim, o ministério do Pastor da Assembleia de
Deus (não sei nem qual é o “ministério” do tal pastor) não me agrada, sobretudo
as pseudomanifestações de caída pelo poder do Espírito Santo, bastante famosas
em seu culto. Contudo, diante das manifestações de repulsa e de protesto a
figura do pastor, sentindo que, por meio dele, o grupo dos evangélicos, nos
últimos tempos, vem sofrendo verdadeiras manifestações de repulsa e preconceito
por sua posições filosóficas já enraizadas há século e que os caracteriza, isso
tudo no faz sentir a necessidade de manifestar também a “nossa” opinião.
Primeiramente, ressalto que, na
tal declaração do pastor Feliciano, os negros são diretamente ofendidos, mas a
reação do grupo é bastante adversa ao do outro grupo citado pelo pastor em seu
microblog, grupo já famoso por suas manifestações “calorosas”.
Os protestos encabeçados pelo
tal Deputado Ex-bigbrother são provas claras de um preconceito bastante fundamentado
em nossa sociedade, mas pouco discutido, que é o preconceito religioso,
sobretudo contra o povo evangélico!! Se atentarmos bem para nossos
comportamentos e nossos preceitos, temos mais preconceitos do que conceitos;
preconceitos que se emaranham em nossos discursos: preconceitos racistas,
preconceitos religiosos, preconceitos sexuais... são tantos os preconceitos que
nosso léxico vernacular não contempla todos.
Com relação ao preconceito
sexual (assim o classifico, o preconceito relativos aos homossexuais), a
aversão contra prática homossexual tem raízes religiosas, na verdade, tem suas
raízes nos mais antigos valores de nossa sociedade e que hoje ressoam nos
discursos produzidos nela. Por mais “avançada” que deseje ser nossa sociedade,
as opiniões acerca do assunto ainda são “retrógadas” como preferem chamar os
grupos homossexuais. Não se pode negar que a família é a base de nossa
sociedade e que a base da família é o relacionamento heterossexual, é um
princípio biológico e físico, fatos que nem os mais avançados estudos de nossa ultrajante
ciência pode fugir. Por outro lado é até curioso atentar para o fato de que os
mesmos princípios que os grupos homossexuais utilizam para apedrejar o Pastor
Feliciano é o mesmo princípio que condena a prática homossexual. O que o deputado
Jean faz é ó reproduzir o discurso dos grupos homossexuais, do qual o Deputado
espera representar e espera também bastante votos nas próximas eleições. Diante
disso, para mim, é muito sabia a posição do também pastor Silas Malafais,
famoso por suas discussões com os homossexuais: no mundo se pode falar de qualquer
um, dos evangélicos, de Hitler, dos negros, da lei, da presidência da
república, dos Ministros dos Supremo e até de Deus, mas quando se fala dos
homossexuais e de suas práticas, estaremos sempre diante de um PRECONCEITO. É
triste saber que, tal grupo, por suas reclamações intermitentes, estão acima de
todos, um paradoxo para um grupo que se declara subgrupo perseguido.
O que Marcos Feliciano fez foi
só reproduzir uma ideia, que é a ideia dos grupos cristãos (e aqui incluo, as
igrejas evangélicas, católicas e qualquer uma outra denominação em que os
princípios de Cristo baseiam a sua filosofia), excluindo disso a declaração
contra os negros. O princípio de que só o relacionamento heterossexual é o
único que deve receber respaldo e apoio é um princípio do Cristianismo, por
mais que esteja certo ou não, acho que deve ser respeitado. Não é a democracia
o regime no qual as pessoas tem que respeitar os princípios um dos outros? Não
é pela democracia que os grupos contra-cristãos tanto lutam? Pois é esse mesmo
princípio que nos permite ter tal filosofia sem sofrermos retaliação. É
legitima a ideia de que meu direito começa quando o do outro termina, por isso,
deve haver respeito de ambas as partes. Nesse sentido é que deve ser lembrado
que a democracia deve estar a favor de todos, de todas as ideias, de todas as
formas de manifestações dos grupos sociais e não deve ser usada em benefício de
um contra outros, como ela já é tão comumente utilizada.
Desse modo, entendo a teimosia
de Marcos Feliciano, teimosia essa que é marca registrada dos cristãos,
teimosia que está embasada no princípio da fé e certeza de seus princípios. Reforço
o título deste artigo dizendo Marcos Feliciano não é culpado, pelo contrário,
ele é vítima de pessoas que se dizem lutar pelos direitos iguais, mas são tão
(ou sensivelmente mais) preconceituosas quando quem elas dizem o ser. Estão com
medo do crescimento dos evangélicos, que hoje é infinitamente maior que o
crescimento de qualquer um desses grupos sociais. Medo esse que já se mostrou
no Egito, no início de nossa história de civilizações, quando o povo Judeus
sofreu poderosas perseguições e sobreviveu. Contudo, essa mesma força que guiou
o povo Judeu, guia o povo evangélico e é a mesma força que vai fazer eles
vencerem.