Certa vez, eu,
amalgamado com as mais
loucas memórias e embriagado
com as doses mais fortes de solidão
encontrei um jovem Cibarita
ela, risonha e gatuna,
gesticulava, lânguida e hipnotizante,
suas mãos, belas e secas,
com seus dedos, lúgubres,
me chamavam, e eu por mais
que tentasse resistir,
fôra alcançado por ela.
Do meu lado, sem que eu percebesse
encontrava-se um velho magro e gasto
pelo tempo, sua voz fraca e inoperante,
sussurrava em meus ouvidos, dizendo
palavras sábias e racionais
Foi quando o véu, daquela alegre
e festiva Cibarita, me envolveu
guiando-me como um imprestável
e inanimado ser, até que chegássemos
até a penumbra
ela, excitante e muda
gritava com seus olhos: "- Vem!!"
Quando meus pés, já sem força,
encontraram uma forte e corpulenta pedra
por quem se apaixonaram, e seu trabalho,
de me sustentar, abandonaram.
Esse blog eu ofereço a todas as pessoas que são como eu, que gostam de estarem antenadas com o mundo, e opinarem da forma mais espontânea possivel. Se você se amarra em ver as noticias que passam por ai e vê-las de sua forma, de uma lida nesse blog. Até mais, agente se vê....
quarta-feira, 24 de junho de 2009
quinta-feira, 18 de junho de 2009
O ESPELHO INREFLETIVEL
Eu sou um espelho
negro e espesso
grosso e animal
Em meus olhos
brilhamo sol e o negrume desse dia
Minhas letras
vomitam a angústia
inexpremíveis do ser
O insimesmado mundo
mudo
é indesejável
eletrônico e prosopopético
zoadento e zombador
Eu sou um espelho
azul e encantador
de águas e secas
de eu e de meus eus
quem sou eu?
Eu sou um espelho
em mim não se refletem
reflexa a solidão
solitária, deste mundo
escravo e indecifrável
senhor e conhecido
negro e espesso
grosso e animal
Em meus olhos
brilhamo sol e o negrume desse dia
Minhas letras
vomitam a angústia
inexpremíveis do ser
O insimesmado mundo
mudo
é indesejável
eletrônico e prosopopético
zoadento e zombador
Eu sou um espelho
azul e encantador
de águas e secas
de eu e de meus eus
quem sou eu?
Eu sou um espelho
em mim não se refletem
reflexa a solidão
solitária, deste mundo
escravo e indecifrável
senhor e conhecido
quarta-feira, 17 de junho de 2009
A ENCANTAÇÃO PELO RISO - VELIMIR KHLIEBNIKOV
Ride, ridentes!
Derride, derridentes!
Risonhai aos risos,
rimente risandai!
Derride sorrimente!
Risos sobrerrisos - risadas
de sorrideiros risores!
Hílare esrir, risos de
sobrerridores riseiros!
Sorrisonhos, risonhos,
Sorride, ridiculai, risando, risantes,
Hilariando, riando,
Ride, ridentes!
Derride, derridentes!
1910
Tradução de Haroldo de Cam
Derride, derridentes!
Risonhai aos risos,
rimente risandai!
Derride sorrimente!
Risos sobrerrisos - risadas
de sorrideiros risores!
Hílare esrir, risos de
sobrerridores riseiros!
Sorrisonhos, risonhos,
Sorride, ridiculai, risando, risantes,
Hilariando, riando,
Ride, ridentes!
Derride, derridentes!
1910
Tradução de Haroldo de Cam
quarta-feira, 10 de junho de 2009
O VENTO - LOS HERMANOS
Posso ouvir o vento passar
Assistir a onda bater
Mas o estrago que faz
A vida é curta pra ver
Eu pensei que quando
eu morrer Vou acordar
para o tempo E para o
tempo parar Um século,
um mês Três vidas e mais
Um passo pra trás? Por que será? ...
Vou pensar Como pode alguém sonhar
O que é impossível saber Não te dizer
o que eu penso Já é pensar em dizer Isso eu vi,
o vento leva! Não sei mas sinto que é como sonhar
Que o esforço pra lembrar É vontade de esquecer
E isso por que?
(diz mais)
Ú
Se a gente já não sabe mais
Rir um do outro meu bem Então
o que resta é chorar E talvezse
tem que durar Vem renascido o
amor bento de lágrimas.
Um século, três Se as vidas atrás
São parte de nós E como será?
O vento vai dizer lento que virá
E se chover demais
A gente vai saber, Claro de um trovão,
Se alguém depois sorrir em paz
(Só de encontrar...)
Assistir a onda bater
Mas o estrago que faz
A vida é curta pra ver
Eu pensei que quando
eu morrer Vou acordar
para o tempo E para o
tempo parar Um século,
um mês Três vidas e mais
Um passo pra trás? Por que será? ...
Vou pensar Como pode alguém sonhar
O que é impossível saber Não te dizer
o que eu penso Já é pensar em dizer Isso eu vi,
o vento leva! Não sei mas sinto que é como sonhar
Que o esforço pra lembrar É vontade de esquecer
E isso por que?
(diz mais)
Ú
Se a gente já não sabe mais
Rir um do outro meu bem Então
o que resta é chorar E talvezse
tem que durar Vem renascido o
amor bento de lágrimas.
Um século, três Se as vidas atrás
São parte de nós E como será?
O vento vai dizer lento que virá
E se chover demais
A gente vai saber, Claro de um trovão,
Se alguém depois sorrir em paz
(Só de encontrar...)
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